Hoje na História:06 de março de 1986 - O centenário de Sherlock Holmes


"Elementar, meu caro Watson" Sherlock Holmes

Há 27 anos o JB fazia uma homenagem aos cem anos do personagem mais famoso da literatura policial, o detetive Sherlock Holmes. Este detetive, logo visualizado com seu boné de abas e seu cachimbo, foi criado em março de 1886, quando Arthur Conan Doyle, um escocês de 27 anos, médico sem clientes, começou a escrever Um Estudo em Vermelho. Era o primeiro de uma série de romances e 56 contos que acabaram por obter um enorme sucesso, mas que teve muita dificuldade para ser editado.
Um Estudo em Vermelho ficou pronto no mês seguinte e já continha todas as características do estilo Conan Doyle, grande vulgarizador do romance policial, a que deu um tom científico sedutor (a criação do detetive que resolve a situação criminal pertence a Edgar Allan Poe, com o seu personagem Augusto Dupim, em 1841). Cronologicamente, o caso de Um Estudo em Vermelho começa com a descoberta de um corpo no vagão de um trem. Logo depois, a viúva confia a solução do mistério a Sherlock Holmes, em Baker Street, ficando claro que nada cobrará, pois o seu interesse é entregar o criminoso à justiça.

Essa história, como em todas as outras de Conan Doyle, a aventura policial ocupa apenas metade do livro: uma vez descoberto o assassino, volta-se para trás uns vinte ou trinta anos para retomar fatos da juventude de Holmes, figura que foi inspirada em um vizinho de Conan Doyle.
A carreira do autor, porém, demoraria ainda um tempo para dar a partida. Depois de inúmeras tentativas de publicar O Estudo em Vermelho, uma editora aceitou o desafio e decidiu lançá-lo um ano mais tarde, alegando que “o mercado estava saturado de ficção barata”, e, mediante, o pagamento de 25 libras. O sucesso do romance não tardou em chegar.
Conan Doyle, no entanto, preferia escrever outros tipos de livro, como A Grande Guerra dos Boers ou A História do Espiritismo, que, no entanto eram preteridos. Em O Fim do Problema, resolveu matar Holmes. Na Suíça, em luta contra o professor James Moriaty, seu arquiinimigo, o “Napoleão do crime”, Sherlock Holmes despencou do alto das cataratas do Reichenbach. Choveram cartas protestando a morte do detetive, incluindo da mãe de Conan Doyle, e Sherlock Holmes retornou, sendo sua morte explicada como estrategema para abusar da credulidade do ingênuo Watson. As últimas histórias de Sherlock Holmes (Os Casos de Sherlock Holmes) foram publicadas em uma série de contos, em 1927.

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