Hoje na História:08 de março de 1975: ONU oficializa o Dia Internacional da Mulher


Igualdade, Desenvolvimento e Paz foi o lema que a ONU escolheu para marcar os seus esforços em 1975 pela promoção da condição feminina no mundo. Assim, no dia 8 do mesmo ano, as Nações Unidas comemoraram o Dia da Mulher como um dia de reflexão honesta sobre o que significa ser mulher no mundo contemporâneo.“Desde os primeiros tempos das Nações Unidas, a organização se consagrou plenamente ao princípio da igualdade entre homens e mulheres, princípio estabelecido na carta da ONU em 1945 e na Declaração dos Direitos Humanos, em 1948”, declarou o Secretário-Geral da ONU, Kurt Waldheim, que continuou: “Apesar do muito que se avançou nos últimos trinta anos, a discriminação contra a mulher continua sendo um fato corrente na vida quotidiana de muitos países e constitui, assim, um obstáculo considerável para o verdadeiro progresso social, econômico e político no mundo”.

Reconhecendo a gravidade da situação da mulher no mundo na época, a Assembléia Geral da ONU proclamou que 1975 seria o Ano Internacional da Mulher e, nessa oportunidade, todos os países deveriam intensificar medidas no sentido de promover a igualdade entre homens e mulheres, garantir a plena participação feminina no esforço do desenvolvimento e ampliar o papel da mulher para a cooperação entre os diferentes estados e o fortalecimento da paz mundial. Desse modo, o tema central do ano foi Igualdade, Desenvolvimento e Paz. Assim, as diversas nações deveriam tomar providências para que fosse eliminada a discriminação contra a mulher, tendo em vista a sua igualdade jurídica, social, econômica e política.

O Ano Internacional da Mulher tem por objetivo beneficiar a sociedade inteira, e não apenas as mulheres”, explicou Helvi Simpila, que, durante vários anos, representou a Finlândia na Assembléia Geral das Nações Unidas. Para ela, o momento era oportuno para a promoção dos direitos da mulher, já que o assunto tinha sido discutido com veemência em diversos países, nos anos anteriores. “Até agora, as mulheres foram consideradas donas de casa e mães. Esta é uma das principais razões pelas quais não lhes foi outorgada a gama completa dos direitos humanos. Mas, como é possível melhorar a qualidade da vida humana se as mães, que trazem ao mundo as gerações futuras não têm esses direitos e, portanto, são incapazes de dar tudo o que podem?”, continuou a finlandesa.

Assim, no Ano Internacional da Mulher, a ONU esperava que fossem discutidas as fórmulas que permitissem uma participação equitativa dos dois sexos na construção de um mundo mais justo, particularmente nos países em desenvolvimento. E essa luta, 37 anos mais tarde, apesar de aparentar estar vencida, continua.
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