Candidatos aprovados em concurso para professor da rede pública em Mato Grosso do Sul terão de apresentar laudo recente de exame toxicológico para comprovar que não usa drogas, como maconha ou cocaína. A exigência foi publicada em edital, ontem, no Diário Oficial. Conforme o documento público, a etapa obrigatória é "de caráter eliminatório" e servirá, juntamente com outros testes médicos e psicológicos, para medir a "aptidão física e mental" dos aprovados.
No ano passado, ao convocar 142 aprovados em outro concurso para professor, o governo de MS havia requisitado o mesmo exame, mas recuou e disse que havia cometido um "equívoco" na produção do edital.
"O equívoco se repetiu", disse Paulo Ângelo de Souza, presidente do Centro de Direitos Humanos Marçal de Souza (CDHM), que pretende levar o caso ao Ministério Público. Para Souza, usuários de drogas em fase de recuperação serão "impedidos de encontrar trabalho".
O professor Roberto Magno, presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), disse que a entidade pediu que a exigência fosse retirada. "Achamos que é algo que irá expor as pessoas", disse.
Segundo André Luiz Godoy Lopes, diretor de seleção de pessoal da Secretaria de Administração, a exigência do exame toxicológico existe em todos os concursos promovidos pelo Estado.
"A lei diz que o candidato deve comprovar boa saúde física e mental. E os últimos estudos da medicina comprovam que o dependente químico é um doente. Esse exame é justamente para identificar candidatos com esse problema", disse.
É PARA ACABAR O QUEIJO DE MINAS...
Fonte:Dourados Agora
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