Hoje na História: 12 de setembro de 1963 - O fim da insurreição armada em Brasília

A ação pronta do Exército liquidou, nove horas depois, a insurreição armada de 630 sargentos, cabos e soldados da Marinha e da Aeronáutica que, alegando a luta pela elegibilidade - direito que a decisão do STF, baseada na Constituição de 1946, lhes vedou - detiveram oficiais e autoridades, inclusive um ministro do STF e o presidente em exercício da Câmara dos Deputados em Brasília, onde apoderaram-se também dos Ministérios da Marinha e da Justiça, do Departamento Federal de segurança Pública, do Departamento de Telefones e da Base Aérea.

Foi esse o batismo de fogo da nova capital do país, recém implantada por Juscelino Kubitschek no Planalto Central. Sem ter sido maduramente planejado, o levante, que foi o momento de cristalização de um vasto trabalho de infiltração comunista no seio da coluna dorsal das Forças Armadas, não se alastrou a outros pontos estratégicos do Brasil. A insurreição custou duas vidas. A de um civil metralhado na Base Aérea, e a de um fuzileiro que resistiu á porta do Ministério da Marinha. Custou, ainda, ferimentos em várias pessoas, intranquilidade generalizada no país. E repercutiu no cenário econômico-financeiro do país.
Apesar de estar em missão fora do Rio quando o movimento foi deflagrado, o Presidente João Goulart foi prontamente acionado por diversas lideranças que exigiam punições rigorosas e sem anistia para os militares insurretos. Imediatamente, os principais suspeitos de liderar o movimento estariam presos e seria instalado um inquérito policial militar indiciando 19 sargentos que em 19 de março de 1964 seriam condenados a quatro anos de prisão.

Essa revolta marcou também o despertar da oficialidade brasileira para o minucioso trabalho de simpatizantes comunistas no seio das Forças Armadas. E fortaleceu as reservas da instituição em relação ao Presidente João Goulart, cuja política de contemporização e de proteção às esquerdas o fariam cair poucos meses depois.
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